martes, 2 de febrero de 2016

Caso Amarildo: Justiça condena 13 policiais por desaparecimento e morte

A Justiça do Rio de Janeiro condenou 13 dos 25 policiais militares denunciados pelo desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo de Souza, e serão expulsos da corporação. Segundo informações do programa Fantástico,as condenações são por tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual. 
Amarildo desapareceu em julho de 2013 após ser detido por policiais da UPP, e desde então cartazes com a pergunta "Cadê Amarildo?" se espalharam pelo país, como um símbolo do abuso de autoridade e violência policial em comunidades.
"Amarildo morreu, não resistiu à tortura que lhe empregaram. Foi assassinado. Vítima de uma cadeia de enganos. Vulnerável à ação policial. Negro, pobre, dentro de uma comunidade à margem da sociedade", disse a juíza Daniela Alvares Prado, a 35ª Vara Criminal da Capital.
Amarildo desapareceu em julho de 2013 após ser detido por policiais da UPP da Rocinha
Amarildo desapareceu em julho de 2013 após ser detido por policiais da UPP da Rocinha
A maior pena foi dada ao major Edson Santos, de 13 anos e sete meses de prisão, por ele ter função superior. O subcomandante da UPP, tenente Luiz Felipe de Medeiros, foi acusado de orquestrar o crime junto com o major Edson, e recebeu uma pena de 10 anos e sete meses. O soldado Douglas Roberto Vital Machado, por ter atuado da captura à morte de Amarildo, pegou 11 anos e seis meses.
"Nos deparamos com a covardia, a ilegalidade, o desvio de finalidade e abuso de poder exercidos pelos réus", disse a juíza na sentença.
O corpo de Amarildo não foi encontrado até hoje, e uma outra investigação continua em andamento para tentar responder ao que foi feito com ele.

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