domingo, 23 de junio de 2013

Brasil: La REFLEXIÓN TIENE QUE SER ANTES DE LA COPA


Desculpe o trastorno, estamos mudando o país


Os 50 anos do Golpe de 1964 estão cada vez mais perto. Dizemos sempre que teríamos que fazer neste país uma grande reflexão antes da festa do futebol, mais precisamente no dia 1º de abril de 2014 quando a história nos traz à memória tudo aquilo que uma nação jovem sonhava em 1964 e foi ceifada pelo arbítrio.
O exemplo destes jovens que estão nas “ruas e praças que são do povo e que só ao povo pertencem” dão um recado claro daquilo que querem, é um alerta para políticos e partidos que se imunizam do povo e se prostituem ideologicamente num sistema altamente predatório e de exclusão da sociedade, quando em gabinetes se negociam bases de apoio, entregam-se ministérios a “aliados”, fazem alianças espúrias, extrapolam-se orçamentos da Copa e de obras públicas e dão uma banana ao povo ocupando-se deles somente nas eleições direcionadas e curraleiras.

As “Reformas de Base” colocadas no contexto da década de sessenta, onde os estudantes nas universidades, nas assembléias, no teatro, na rua, nos sindicatos, nas associações discutiam uma agenda para o Brasil e surgia como fruto destas discussões o Cinema Novo, a Bossa Nova, o Teatro de Arena e vários movimentos culturais e políticos para transformar a sociedade brasileira com o povo na rua, com uma educação mais justa, com a participação popular, seja na distribuição de terra através de uma reforma agrária, seja com uma reforma educacional com uma LDO que outorgava 12% do orçamento para este fim, seja com a lei de remessas de lucros com as empresas estrangeiras limitadas a “exportar” seu ganhos para suas matrizes, seja com as categorias individualizadas de trabalhadores tendo seus próprios institutos de previdência, IAPETEC, IAPI, etc. de forma a ter na saúde um atendimento mais próximo das categorias que subordinadas a esses institutos de previdência tinham sobre eles mais controles, tínhamos sem dúvidas uma nação mais próxima dos anseios populares.
As manifestações hoje, destes jovens, nos obriga a refletir o que não fizemos depois de havermos reconquistado a democracia e a liberdade daqueles que nos ceifaram a esperança em 1964.

Dez anos de governo popular e ainda não fizemos o dever de casa?
A Reforma Agrária está parada.
O neo-colonialismo campeando em nosso país no coração de funções estratégicas como bancos, telefonia, concessões de estradas, usinas, tecnologia avançada de petróleo, tecnologia aeroespacial e de entrega de laboratórios químicos e de produção de remédios
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E ainda o nosso BNDES financiando bilhões de reais para a reestruturação de portos, aeroportos e investimentos em infra-estrutura para concessionários que deveriam fazer esses investimentos?
-Governo: não é os R$0,20! Faça não, pode ser a gota d água!
Colocar a sacola nas costas e começar a refletir é uma decisão que cabe as autoridades.
Serão cinqüenta anos do Golpe e ainda falta uma agenda para este país e coragem para não se aliar as velhas práticas políticas.
Reflitamos o Brasil e nossos dramas antes de iludir o povo e só falar em Copa do Mundo, pois os partidos e os políticos não estão sendo bem vindos; saiam dos gabinetes e prestando contas ouçam o clamor das ruas e praças.

João Vicente Goulart

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