lunes, 3 de diciembre de 2012

 
Eu, Carlos Eugênio Clemente, último comandante militar da Ação Libertadora Nacional (ALN), fundada pelo Comandante Carlos Marighella, venho publicamente como  representante e porta-voz da Rede Democrática perante este Fórum Social Mundial Palestina Livre - reafirmar alto e bom som o seguinte:
A)                     Nossa posição política de internacionalistas, de solidariedade aos povos explorados e oprimidos, assim como de reconhecimento de seu legítimo direito de resistência pacífica ou armada contra qualquer tipo de opressão e tirania doméstica ou estrangeira;
B)                      Somos democratas radicais e socialistas libertários, defensores da liberdade, da igualdade, da autodeterminação e da fraternidade entre os povos, independentemente de sua etnia, gênero, crença e cultura;
C)                      Esses são os princípios que na crise israelo-palestina nos posicionam como defensores do reconhecimento de um Estado Palestino, livre e soberano, dentro dos limites das fronteiras de 1967, englobando os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, tendo por sua capital Jerusalém Oriental (Al-Qods);
D)                      Para tanto julgamos que é necessário o desmantelamento completo dos assentamentos ilegais e impostos pela força por colonizadores israelenses nos territórios ocupados da Cisjordânia, impondo às populações nativas um novo sistema de "Apartheid" semelhante ao que existia na antiga África do Sul;
E)                      Para nós é tarefa urgente e imperiosa a derrubada do "Muro da Vergonha", construído em terras palestinas pelo governo israelense, que avança por 700 quilômetros em terras da população nativa da Cisjordânia;
F)                      Ademais, salta aos olhos do mundo a necessidade do levantamento imediato do embargo militar ilegal, nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas da Faixa de Gaza, imposto pelo governo direitista israelense que pretende transformá-la em um novo "Gueto de Varsóvia";
G)                     É imperativo e inadiável encontrar uma solução adequada para o problema dos milhões de refugiados palestinos expulsos de sua terra natal (Nakba), seja pelo reconhecimento de seu direito de retorno ou mediante o pagamento de uma justa indenização, à semelhança do que fez a Alemanha com os refugiados judeus vítimas do Holocausto (Shoah).
H)                     Exigimos a libertação de todos os prisioneiros palestinos encarcerados no Estado de Israel.
          Finalmente, mas não por último, somos pela solução da criação de dois Estados independentes no território da antiga Palestina Histórica, situado entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão, que abrirá caminho para o reconhecimento internacional por parte de todos os Estados Árabes da existência de direito e de fato do Estado de Israel, dentro de fronteiras seguras, legítimas e estáveis, lado a lado de um Estado Palestino livre, soberano e democrático, onde poderão conviver pacífica e fraternalmente judeus, cristãos e muçulmanos.

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